Como em vários setores, a inteligência artificial vem transformando o mercado imobiliário.
Diante do novo cenário, é importante que compradores e vendedores estejam atentos às transformações que prometem otimizar processos, aumentar a eficiência e, consequentemente, trazer vantagens e ampliar as oportunidades de negócios.
Com a utilização dessas ferramentas, é possível identificar as melhores oportunidades de investimento, buscando por imóveis com alto potencial de valorização, tudo isso embasado em dados claros e atualizados. Além da possibilidade para a avaliação dos imóveis com maior precisão, por meio de estudo detalhado do mercado, localização, características e de outros fatores que influenciam no preço.
Embora promissora, a utilização da IA no mercado imobiliário exige cautela e atenção, pois envolvem transações complexas e por muitas vezes delicadas, contratos de alto valor, além de outras informações sensíveis, gerando preocupações importantes, como:
· Privacidade de Dados: A busca e o uso de dados pessoais devem seguir as normas da Lei Geral de Proteção de Dados.
- Algorítmico: Os algoritmos podem ser influenciados por dados tendenciosos, resultando em decisões nem sempre assertivas
- Segurança: Transações realizadas online, necessitam de medidas de segurança robustas para evitar fraudes.
- Responsabilidade Civil: Essa é uma questão delicada que precisa ser analisada com cuidado para evitar litígios, em relação a eventuais erros por decisões tomadas pela Inteligência Artificial.
Evidente que as novas tecnologias vêm para auxiliar, no entanto é necessário extrema cautela e uma revisão criteriosa de alguns elementos imprescindíveis a formalização dos negócios, como a conformidade legal dos contratos que irão determinar as operações, os quais devem proteger os interesses das partes, além da análise minuciosa da documentação do imóvel, como matrícula e certidões, que visam garantir a regularidade. Sem desconsiderar, a realização de Due Diligence abrangente, para avaliar riscos e oportunidades sob as perspectivas jurídicas, ambiental, financeira e tributária. Sendo ainda, que todos esses elementos devem atender ao disposto na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), requisito fundamental para a segurança jurídica da operação.
Por: Isabela Moura